Dobra número de brasileiros das classes A e B que usam apenas bancos digitais

Dobra número de brasileiros das classes A e B que usam apenas bancos digitais

Pesquisa aponta crescimento do uso exclusivo de instituições financeiras sem agências físicas, sobretudo entre os mais jovens

Bancos digitais – O uso exclusivo de bancos digitais entre brasileiros das classes A e B quase dobrou nos últimos três anos. É o que aponta uma pesquisa encomendada pelo C6 Bank ao instituto Ipsos-Ipec, que revela: 17% desse público mantém conta apenas em instituições financeiras digitais, ou seja, que não possuem agências físicas. Em 2022, esse número era de 9%.

Entre os jovens de 16 a 24 anos, o comportamento digital é ainda mais acentuado: 31% têm conta exclusivamente em bancos digitais, enquanto 14% mantêm apenas contas em instituições tradicionais. Mais da metade (52%) possui conta em ambos os tipos de banco.

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“A tecnologia mudou a forma de se comunicar, de pedir um táxi, de consumir conteúdo, de pedir comida… Não tinha como a indústria financeira não acompanhar essa evolução. Nossa vida é cada vez mais digital e a forma de organizar as finanças, também”, afirma Gustavo Torres, chefe de inovação e experiência do usuário do C6 Bank.

Segundo o levantamento, 59% dos entrevistados têm conta tanto em banco tradicional quanto em banco digital. A faixa etária de 25 a 34 anos lidera esse grupo, com 65% mantendo contas em ambas as modalidades. Já entre pessoas com 60 anos ou mais, o índice cai para 50%.

A familiaridade com o ambiente digital também se reflete no modo como os brasileiros lidam com seu dinheiro: 70% dizem concordar totalmente ou em parte com a ideia de se sentirem confortáveis para administrar suas finanças via aplicativo ou internet banking. Entre os entrevistados de 25 a 34 anos, esse número sobe para 77%.

A pesquisa aponta ainda uma tendência crescente no uso de bancos digitais: 69% dos entrevistados dizem considerar iniciar ou continuar utilizando uma conta digital nos próximos três anos. Entre os mais jovens, de 16 a 24 anos, o percentual chega a 77%.

O estudo também revelou percepções sobre custo-benefício. Para 66% dos participantes, os bancos digitais oferecem melhores condições do que os tradicionais. Entre os entrevistados das classes A e B, esse número sobe para 71%.

O tema dos investimentos também foi abordado. Entre os que se declararam investidores, 43% do total, mais da metade (53%) aplica recursos exclusivamente em bancos ou plataformas digitais sem agência física.

A pesquisa foi realizada online entre os dias 27 de maio e 9 de junho de 2025, com 2 mil pessoas maiores de 16 anos das classes A, B e C, em todas as regiões do Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

(Com informações de TI Inside)
(Foto: Reprodução/Freepik/Drazen Zigic)

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