Saúde mental – Uma pesquisa global revelou que 45% dos funcionários de empresas que foram afetadas por invasões on-line relatam aumento da pressão sobre resultados, níveis mais altos de estresse (40%) e perda de produtividade (26%). Os ataques cibernéticos têm gerado prejuízos financeiros e de reputação às empresas, além de um desgaste emocional para as lideranças e equipes que estão envolvidas nessa proteção de sistemas de TI.
O Relatório de Tendências de Ransomware 2024, realizado pela Veeam, uma multinacional de tecnologia e proteção de dados, ouviu 1.200 líderes e empregados de TI em todo o mundo, sendo 250 na América Latina, incluindo o Brasil. Entre quem foi entrevistado há executivos do C-level, profissionais de segurança, prevenção e administradores de “backup”.
José Leal Jr., country manager da Veeam Software no Brasil, diz que “os ataques cibernéticos afetam a estabilidade financeira das organizações, mas igualmente significativo é o impacto que causam para as equipes e indivíduos”. Leal Jr. ainda completa que as invasões instalam um clima de estresse entre os times, afetando a saúde mental dos funcionários em três pilares: ansiedade, depressão e raiva.
O medo de perder dados corporativos críticos pode causar altos níveis de preocupação, enquanto a sensação de desamparo e perda de controle durante um ataque é capaz de levar a sentimentos de depressão. “Os times também podem ficar com raiva dos cibercriminosos ou frustrados com as medidas de segurança adotadas pela empresa”.
Conforme o estudo, 57% dos dados comprometidos por invasores digitais conseguem ser recuperados, deixando corporações expostas a extravios de informações importantes e efeitos negativos nos negócios. Tomar medidas técnicas é essencial para prevenir e responder as investidas criminosas, porém manter a estabilidade emocional do time em situações críticas também é fundamental.
“Quando os funcionários estão sob estresse e pressão, podem ficar mais vulneráveis a cometer erros ou serem vítimas de novos golpes”, garante Leal.
Cultura de apoio
O levantamento ainda indica que 45% dos entrevistados citam um aumento da carga de trabalho após os crimes, enquanto 40% confirmam um clima elevado de estresse entre os trabalhadores.
Leal recomenda que além de uma maior atenção das chefias a proteção dos sistemas, a formação de uma rede de apoio que priorize o bem-estar dos funcionários. Ações de suporte à saúde mental e treinamentos regulares sobre segurança de dados e gestão de crise podem contribuir neste processo.
“Ao promover uma cultura de apoio, as organizações podem não apenas aumentar os índices de satisfação no trabalho, mas melhorar o desempenho geral e resiliência diante de desafios, incluindo aqueles impostos por ameaças à segurança cibernética”, finaliza o executivo.
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(Com informações de Valor Econômico)
(Foto: Reprodução)